Torque é uma força que tende a virar ou rodar objetos, como quando você vai trocar o pneu de seu carro e usa uma chave de boca. Repare que muitos borracheiros utilizam uma extensão do cabo para facilitar destarrachar as porcas da roda, é puro torque. A fórmula é:
T = r x F (onde T = torque r= raio ou comprimento da alavanca ligada ao eixo e f= força
Portanto, quando o borracheiro coloca a extensão na chave de boca, o que faz é aumentar o ‘r’ ou o comprimento do raio ou da alavanca, aumentando o torque com a mesma força aplicada.
Na modalidade motocross não é diferente. Como precisam de muita arrancada, os pilotos de motocross aumentam o raio da coroa traseira objetivando um maior torque. Em visita à Honda da General Osório, tirei 2 fotos que ilustram essa situação. Perceba que 
a moto mais ‘magra’ é a de motocross, visando uma maior agilidade e leveza para fazer manobras (nem placa dá para colocar). Enquanto que a segunda moto tem um visual mais ‘street’, isto é, não objetiva dar uma arrancada como as de motocross, mas antes, ter uma ‘final’ maior, isto é, uma velocidade final maior para a cidade (com coroa menor).
Mas na nossa cidade existe um tipo muito peculiar: o motoboy. Parte vital desse organismo vivo e poluído. É como se os carros indo com seus faróis vermelhos fossem os glóbulos vermelhos e os carros vindo os glóbulos brancos. Quem seriam então os motoboys que transitam por entre eles? Vírus? Bom, fato é que muitos deles modificam suas iradas CGs colocando uma coroa de raio maior na roda de trás para quando o semáforo abrir e eles arrancarem velozmente e andarem mais de 112,5 metros até o próximo congestionamento. E lembrem-se: os motoboys não quebram espelhinhos, só tiram aqueles que não são utilizados! Cheers!
Ricardo Nagy's Blog 